Quase abandonei o meu cantinho!
Outra ocupaçoes fizeram com que me afastasse um pouco...mas ca estou de volta com a promessa de ficar por perto.
Na minha ida aos Açores o ano passado, e ao visitar uma prima pediu-lhe que me mostrasse alguns dos seus trabalhos.Com uma certa modestia mas orgulhosa abriu as gavetas duma comoda antiga mostrou-me esses tesouros.Fiquei deslumbrada ao ver esse naperon e puz-me a pensar no tempo e trabalho que deve ter dado na era do candeeiro a petroleo, em que para o serviço render se bordava aos seroes.
Foi também no tempo onde apareceram as primeiras maquinas de bordar e os primeiros cursos.
Minuciosa e perfeccionista, minha prima Teresinha fez dessa arte o seu ganha pao, no tempo da
miséria... em que por essas maravilha se cobrava meia duzia de escudos. E foi assim que todos a conheciam na Maia pelo apelido de Bordadeira.
A notar que esses naperons eram desenhados sobre o tecido, com o famoso papel quimico, e que no final o tecido desaparecia e surgiam lindissimas folhas e flores.
Perante o meu deslumbramento, quiz me oferecer este lindissimo naperon que guardo preciosamente.
Disse-lhe que iria mostrar os seus bonitos trabalhos na net....olhou para mim com um sorriso timido, mas de quem concorda. E aqui esta a comoda, com uma linda e antiga toalha em linho bordada a recorte, como se usava no tempo da minha mae, e que eu adoro.
Obrigado prima Teresinha por me teres aberto as gavetas da comoda da tia Elvira